Gestão de empresas familiares: como fazer?
Econform • October 29, 2019

Empresas que pertencem e são administradas por membros de uma mesma família, podem ter a sua gestão diferenciada, se comparada com as empresas comuns. Muitas vezes a presença de familiares é uma estratégia usada para diminuir gastos.
Outra vantagem é que muitas vezes na gestão familiar o parente não exigiria que todos os seus direitos fossem exercidos, tais como piso e teto salarial, horas extras e outros. Ao mesmo tempo o envolvimento de parentes pode ser prejudicial para a empresa
e provocar conflitos
devido à falta de compatibilidade de interesses.
De acordo com o IBGE, apenas 30% das empresas familiares chegam até a segunda geração.
Menos da metade chegam até a terceira.
Se você abriu ou está interessado em abrir uma empresa com a sua família, saiba que algumas medidas são necessárias para que uma boa gestão ocorra.
Claro que tudo vai depender do tamanho da empresa para que a gestão aplicada funcione.
Como aplicar uma boa gestão na minha empresa?
É bom deixar claro que o planejamento é essencial para o bom andamento de qualquer negócio,
independente do seu porte. Com as empresas familiares não é diferente. No plano de gestão é ideal definir o papel de cada funcionário
e suas expectativas.
Medir o desempenho
também é preciso. Prazos para entregas individuais e monitoramento
são extremamente importantes. Isso cria um padrão e, consequentemente, as questões familiares vão sendo deixadas para segundo plano. Atingir um patamar de sucesso da empresa
passa a ser prioridade.
Lembre-se: o membro da família que não se encaixar nesses parâmetros não deve fazer parte da diretoria, gestão ou operações da empresa.
Como convidar o parente certo para posições específicas?
Como falamos anteriormente, é necessário dividir funções
e deixar claro a expectativa do parente quanto à empresa. A mesma coisa vale na hora de contratá-lo. Dito isso, as etapas de recrutamento
são importantes para que o processo de escolha seja feito de maneira correta, com o perfil perfeito para a vaga.
Se os atributos de cada vaga não forem seguidos na hora de convidar um familiar para cumprir tal vaga, alguns conflitos podem acontecer. Então, fique atento.
Uma boa gestão é fundamental?
Como citado anteriormente, mesmo no negócio em família é preciso ter a prática de seguir uma boa gestão com ética, eficiência e profissionalismo
para o bem de todos e sucesso da empresa. Até porque adotar um regimento interno evitará muitos conflitos.
Pode-se considerar também a contratação de gestores especializados, caso não haja acordo ou um profissional qualificado na família.
E quanto à sucessão?
Regras e medidas
precisam ser bem definidas para determinar o melhor sucessor para o negócio. Saber da real intenção é um bom começo na hora de adotar essas medidas.
Alguns cenários podem ocorrer com a continuidade da empresa, tais como o sucessor dando continuidade a mesma estrutura do negócio.
Essa circunstância é perfeita para negócios que já são bem sucedidos, indiferentemente do tamanho da empresa.
Outro cenário é quando há implementação de melhorias com novas estratégias,
se adequando ao mercado. Nesse caso, a gestão é modificada por vários motivos, e uma delas pode ser a sobrevivência no mercado, que evolui está sempre evoluindo.
Pode acontecer também de vários sucessores assumirem o poder para fazer parte da gestão. Assim, as tarefas podem ser divididas,
fazendo com que as operações da empresas sejam feitas com efetividade. Quando há mais de um gestor e sucessor, é preciso definir a hierarquia
para um bom desempenho e para minimizar conflitos.
Similar ao cenário anterior, mais de um sucessor pode assumir, mas não necessariamente precisam ser parte da diretoria ou gestão. Nesse caso, os sucessores podem ser conselheiros ou apenas sócios
e contratar gestores qualificados para o cargo.
Quanto a todos esses cenários, é bom frisar a importância da determinação de regras e medidas para “passar o bastão”.
Conclusão
Um dos passos para uma boa gestão familiar é não permitir que outros profissionais qualificados sejam desperdiçados ou espantados com a ideia de não haver crescimento na empresa por ser um negócio de família.
Isso porque muitas vezes os membros da família são promovidos e privilegiados justamente por essa condição, e não pela sua qualificação e mérito.
Nesse contexto, lembre-se que a gestão familiar pode parecer mais difícil que a de empresas comuns, porém não é impossível realizá-la.
O cuidado deve ser redobrado quando herdeiros assumem o poder, pois o número de empresas que sobrevivem às gerações seguintes são baixos. Sendo assim, é importante ficar atento.
Lembre-se: nem todos têm habilidades gerenciais, mesmo se forem filhos e netos de grandes administradores. Tais capacidades são obtidas por meio da combinação de talento e estudo na área de administração.
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