Vacina Covid-19: qual será o impacto na economia?
A pandemia causada pelo novo coronavírus assolou o mundo no ano de 2020. Desde que essa doença começou a se espalhar, cientistas do mundo todo se reuniram para achar uma saída que fosse eficaz e retomar as atividades de antes do isolamento social, sendo ela a vacina do Covid-19.
Para isso, centenas de grupos de cientistas entraram na corrida por vacinas que funcionassem para reduzir o índice de mortalidade da doença. Lembrando que não é possível acabar com uma doença contagiosa tão rápido assim, mesmo com uma vacina aprovada e eficaz.
No final de 2020 várias farmacêuticas e instituições anunciaram vacinas que poderiam ser utilizadas com segurança na população, como é o caso do Instituto Butantan e da AstraZeneca.
A partir disso, os governos de vários países se mobilizaram para adquirir milhões de doses para enfim imunizar a população. Além do lado sanitário, é preciso olhar também para a economia. Qual será o impacto na economia do Brasil e do mundo daqui para frente? Fique por dentro desse questionamento ao ler o conteúdo a seguir.
Como surgir a vacina do Covid-19?
Qualquer vacina surge a partir de muitos estudos e experimentos científicos. No caso do novo coronavírus, o contágio da doença é muito alto e, por isso, muitos laboratórios começaram a desenvolver e testar vacinas em tempo recorde.
Já no final de 2020, oito vacinas foram liberadas em 50 países para serem usadas de forma emergencial: Sputnik V, Sinopharm-Pequim, Moderna, Pfizer-BioNTech, Oxford-AstraZeneca, CoronaVac, Cansino e Vector.
Qual o plano de vacinação do governo?
O Ministério da Saúde montou o Plano Nacional de Imunização para orientar os estados sobre a ordem de prioridade em que a população deverá receber as doses das vacinas aprovadas pela Anvisa.
Entre os primeiros a receber as doses estão os profissionais da saúde, os idosos nas casas de repouso e outros grupos de pessoas com maior vulnerabilidade à doença, seja por estar em contato constante com a doença ou pela idade.
Dentre os grupos prioritários estão:
- Pessoas com 60 anos ou mais em casas de repouso;
- Pessoas com deficiência institucionalizadas;
- Povos indígenas vivendo em terras indígenas;
- Profissionais da saúde;
- Pessoas de 80 anos ou mais;
- Pessoas de 75 a 79 anos;
- Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas;
- Povos e comunidades tradicionais quilombolas;
- Pessoas de 70 a 74 anos;
- Pessoas de 65 a 69 anos;
- Pessoas de 60 a 64 anos;
- Pessoas com comorbidades;
- Pessoas com deficiência permanente grave;
- Pessoas em situação de rua;
- População privada de liberdade;
- Funcionários do sistema de privação de liberdade;
- Professores do Ensino Básico (creche, pré-escolas, ensino fundamental, ensino médio, profissionalizantes e EJA) e do Ensino Superior;
- Exército;
- Motoristas de ônibus de viagem;
- Funcionários do metrô;
- Trabalhadores de transporte aéreo, como pilotos e comissários de bordo;
- Caminhoneiros;
- Trabalhadores industriais.
Como a vacina impacta na economia?
Realizar um calendário de imunização ajuda a prever como e quando as atividades econômicas voltarão a entrar em normalidade em 2021. Com isso, podemos esperar que o mercado de trabalho se aqueça a partir do segundo semestre do ano. Mas isso só será possível se o governo imunizar a população a tempo.
Uma demora na vacinação devido à falta de doses pode gerar um impacto negativo à economia, que já não andava bem antes e durante a crise sanitária. Se tudo ocorrer como esperado, será possível minimizar as perdas econômicas para R$ 33 bilhões, em comparação aos R$ 489 bilhões sem o imunizante.
A população ajudará na recuperação por meio do
aumento de gastos em produtos mais caros, como automóveis. Ou seja, haverá menos desculpas para poupar e mais espaço para gastar. As
empresas também cumprem o seu papel, ao ver mais dinheiro entrando a cada mês com aumento de demanda.
Além disso, as tomadas de decisões serão mais assertivas. Sendo assim, empresários ficarão
mais confortáveis para
investir, mesmo que aos poucos e menos dependentes do andamento da pandemia.
Tanto os gastos da população, quanto os investimentos de
empresas são importantes para
circular dinheiro e ditar o ritmo das atividades econômicas do país. De qualquer forma, esse ciclo positivo só deve ocorrer aos poucos e com a certeza de que a imunização em rebanho estará ocorrendo.
Considerações finais
Mesmo com o cenário positivo apresentado anteriormente, ainda há incertezas sobre o avanço da doença e suas variantes, juntamente com a incerteza da velocidade em que as doses serão aplicadas na população.
Há quem acredite que a retomada da economia deverá se
apoiar nas reformas tributárias, administrativas e na redução de gastos, como o fim do
auxílio emergencial. De qualquer forma, a melhor maneira de retomar a economia pode ser por meio da estimulação de demanda por meio de gastos com programas similares ao do auxílio emergencial.
Para isso, será preciso obter espaço no orçamento federal para esse ano ou uma flexibilização de regras fiscais, como o teto de gastos públicos. Tudo dependerá de como o Ministro da Economia, Paulo Guedes responderá quando a população obter a
Vacina do Covid-19.
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