Com a pandemia causada pelo novo
coronavírus, diversos setores da economia têm sido impactados de formas diferentes. Essa situação não é diferente com as
pequenas e médias empresas de vários segmentos, que enfrentam desafios para continuarem suas atividades.
Diante deste cenário, é importante para você que trabalha ou é empresário em uma PME saber
quais medidas estão sendo tomadas, como conseguir auxílio e qual a relevância dessas organizações no Brasil. Por isso, a Econform preparou este artigo especial sobre o tema.
O que define as pequenas e médias empresas?
A definição das PMEs, sigla para pequenas e médias empresas, está diretamente ligada ao
porte destas organizações que são, naturalmente, reduzidos. Neste sentido, significa que tanto o
faturamento quanto o número de
funcionários são menores do que em empresas de grande porte.
Estima-se que no Brasil, a maioria dos empreendimentos estão inclusos nesta segmentação. Isso vai
desde
pequenos negócios
localizados na esquina de sua casa às startups inovadoras que ainda estão começando a surgir no mercado.
Para entender melhor, confira as classificação das PMEs abaixo. Vale destacar que, no Brasil, várias organizações propõem normas diferentes para definição.
Com base no BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, as PMEs são definidas com base nos seguintes critérios de faturamento:
- Microempresa: menor ou igual R$ 360 mil;
- Pequena Empresa: acima de R$ 360 mil e até R$ 4,8 milhões;
- Média Empresa: acima de R$ 4,8 milhões e até R$ 300 milhões;
- Grande Empresa: maior que R$ 300 milhões.
Já o IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, classifica da seguinte forma:
- Indústria:
- Microempresa: com até 19 empregados;
- Pequena: de 20 a 99 empregados;
- Média: 100 a 499 empregados;
- Grande: mais de 500 empregados.
- Comércio e Serviços:
- Microempresa: até 9 empregados;
- Pequena: de 10 a 49 empregados;
- Média: de 50 a 99 empregados;
- Grande: mais de 100 empregados.
Situação das PMEs no Brasil
De acordo com os dados da consultoria Empresômetro, no início de 2019, o Brasil contava com
cerca de 20 milhões de empreendimentos. Deste total, aproximadamente 70% é referente aos pequenos negócios, ou seja, 13,5 milhões de empresas.
Além disso, uma pesquisa realizada pelo SEBRAE mostrou que
o número de empreendedores no país triplicou. Isso significa que ele passou de 14,6 milhões para 49,3 milhões.
Com estes dados, fica claro a importância das PMEs para a economia brasileira, concorda? Então, é por isso, que estes negócios precisam de atenção em momentos de crise. Afinal,
se eles quebram, os impactos para o país são bastantes danosos.
Deste modo, está na hora de entender o panorama atual com a pandemia. Continue a leitura.
Como o coronavírus está afetando as pequenas e médias empresas?
Em primeiro lugar, é preciso entender por que uma pandemia causa tanto impacto na economia. O motivo é devido a um preceito econômico básico: a
lei da oferta e da procura. Desta vez, alinhada ao
distanciamento social.
Com a chegada do coronavírus, sem uma vacina desenvolvida, tornou-se necessário que os cidadãos permaneçam em casa para diminuir os riscos de contágio. Deste modo, a oferta de bens e serviços não correspondia a uma procura por parte dos brasileiros, já que a
insegurança (financeira, medo do desemprego e de adoecer) tomou conta do cotidiano. Se não há procura, muitos funcionários ficaram desempregados e sem dinheiro para comprar. Por consequência, os níveis de produção também estão caindo.
Além disso, no momento de pandemia, os investimentos em todo o mundo diminuíram significativamente. Para injetar dinheiro no mercado e permitir a sobrevivência das pessoas sem renda, coube ao Estado criar algumas medidas, tal como o
auxílio emergencial.
No caso das PMEs, a situação é ainda mais complexa, uma vez que muitos destes negócios não contam com
capital de giro, e precisaram
fechar suas portas temporariamente pois não são atividades essenciais.
Assim, para garantir a continuidade destas empresas quando a pandemia acabar, ou até mesmo a distância, são necessárias
medidas governamentais que viabilizem economicamente as PMEs. Seja com
empréstimos, ou com a quitação parcial do salário de funcionários, como tem sido feito.
Quais as medidas para enfrentamento da Covid-19?
As primeiras
medidas anunciadas pelo Governo Federal para o enfrentamento da crise gerada pelo coronavírus foram planejadas com o objetivo de
proteger os empregos e salários.
O
adiamento do
imposto do Simples Nacional por três meses foi uma das implantações iniciais. Essa decisão
beneficia quase 4,9 milhões de empresas. Assim, o pagamento ficou da seguinte forma:
- parcelas com vencimento em maio de 2020 serão quitadas em agosto de 2020;
- parcelas com vencimento em junho de 2020 serão quitadas em outubro de 2020;
- parcelas com vencimento em julho de 2020 serão quitadas em dezembro de 2020.
Além disso, foram disponibilizados
R$ 5 bilhões pelo Programa de Geração de Renda (Proger), por meio de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). O valor é repassado aos bancos públicos para
possibilitar empréstimos com foco no capital de giro das micro e pequenas empresas.
Outra medida, mais recente, foi a criação de uma
linha de crédito anunciada em 23 de junho pelo Banco Central destinada às PMEs. Com potencial de crédito de até R$ 127 bilhões, o empréstimo terá prazo mínimo de três anos e carência de capital de seis meses,
segundo o portal Valor Econômico.
Apesar das ações e divulgação constante das medidas, grande parcela dos empreendedores apontam que o dinheiro não tem chegado aos empreendimentos, e as negociações com bancos não estão sendo facilitadas.
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